terça-feira, 29 de setembro de 2009

| Cinema |

Para trabalho da matéria de cinema, estou postando aqui uma resenha sobre o filme Laranja Mecânica, filme de Stanley Kubrick.


Laranja Mecânica: do orgânico ao mecanizado


Dirigido por Stanley Kubrick. Com Malcolm McDowell, Patrick Magee, Michael Bates, Warren Clarke, Carl Duering, Anthony Sharp.

Em uma das primeiras cenas do filme, ao ser perguntado por que a sociedade é fedorenta, um velho mendigo alega que a mesma fede por não existir mais lei e ordem e que não se importa em ser violentado, pois não quer mais viver nesse mundo. Talvez essa seja a cena que sintetize o tema principal de Laranja Mecânica: o mal estar da civilização comandada por um estado corrupto e maléfico.
O filme gira em torno de Alex(McDowell): um jovem líder de um grupo de delinqüentes, cujo objetivo é simplesmente subverter a ordem e causar dor e sofrimento às vitimas de suas atrocidades. Alex comete vários crimes, entre estupros e assassinato até ser preso e participar de um programa de “condicionamento social”, no qual consiste de maneira tortuosa expulsar os pensamentos e atitudes agressivos de sua mente, por conseqüência lesando sua subjetividade.

A obra retrata duas formas de violência. Existe a violência animalesca e instintiva de uma sociedade reprimida pelas convenções sociais ou a ordem da ética e do outro lado, a violência do Estado, institucionalizada e amparada pela lei, justificada para manter um controle coletivo. Kubrick apresenta de maneira contrastante a proporção de conseqüências de atos de Alex e como o Estado lida com esse tipo de desordem social.
Diferente de muitas obras adaptadas de livros, Laranja Mecânica ganhou um notoriedade maior e mais nobre a partir da produção cinematográfica. A sociedade perdida criada por Kubrick é cheia de cenários expressionistas, coloridos e plastificados, com figurinos extravagantes e diálogos misturando inglês com expressões em russo como videear(ver), iarbos(testículos), gúliver (cabeça) e moloko(leite misturado com drogas).


Considerado um clássico do cinema, Laranja Mecânica chocou o mundo inteiro nos anos 70 ao mostrar violência, sexo e drogas e ao comparar a maneira de governar daquela época com o nazismo de Hitler. Infelizmente influenciaram de maneira negativa alguns grupos disseminando a prática de violência, foi censurado em alguns países (a ditadura militar brasileira somente liberou o filme para o público mais tarde, com a condição de que as genitálias das mulheres fossem cobertas com manchas pretas), mas revolucionou uma maneira de produção e desafiou a indústria cinematográfica por produzir uma história tão fora dos padrões. Hoje a obra-prima de Stanley Kubrick nada mais é do que pré-requisito para amantes da sétima arte, por mantém ainda um poder de relevância na sociedade.

Resenha feita pelo acadêmico Fabiano L. Fernandes.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

8ª Semana da Comunicação

Por: Paulo dos Santos (Paulinho)/Professor de comunicação

Semana da comunicação


“Somos literalmente privilegiados por expor aos nossos alunos a 8ª edição da Semana da Comunicação. Sou prova de que quando era acadêmico de comunicação, na Unoesc de Joaçaba, os professores se deslocavam do Rio de Janeiro e São Paulo para ministrar suas aulas. O mercado era deficiente, não havia esse tipo de evento. Podemos dizer que mudamos da “água pro vinho”. Estas foram as palavras do Professor Paulo dos Santos ao conceder uma entrevista coletiva aos alunos da segunda fase de Jornalismo". O professor destacou ainda que o comunicador contemporâneo necessita estar antenado em todas as mídias e veículos que compõem o mercado. Tanto jornalistas, radialistas e publicitários estão trabalhando juntos em prol de um efeito comunicativo mais amplo e objetivo.

Levando tudo isso em consideração, a escolha dos palestrantes para a Semana da Comunicação foi criteriosa, Paulo diz que as escolhas estão embasadas de acordo com a realidade e o perfil do aluno da Unoesc . “A palestrante Lúcia Santaella vai trazer a realidade do comunicador do futuro, o fotógrafo Marcos Hermes representa um grande número de acadêmicos de comunicação, afinal o curso é um dos que mais comporta músicos e fotógrafos,portanto, ele traz como tema um casamento de sucesso entre a música e a fotografia. Dado Schneider, é uma das palestras mais esperadas, pois além de ser doutor e mestre em comunicação, ele desenvolve suas habilidades de uma maneira muito avançada. Para os acadêmicos o mais esperado é o apresentador do programa humorístico CQC, Marcelo Tas, que além de ser alguém da mídia conquistou um espaço diferente na televisão”, ressaltou o professor.

Essa edição ganhou como mascote e símbolo um camaleão, devido a sua versatilidade, adaptação em todos os ambientes e hostilidade, assim como o comunicador contemporâneo, ele precisa ser flexível aos obstáculos encontrados diariamente,portanto, a atribuição do camaleão ao perfil do comunicador é uma realidade. Tanto o acadêmico quanto o profissional de comunicação, tem a liberdade de dividir suas experiências junto aos professores e profissionais da área.
Espero que todos os que vierem assistir nossas apresentações levem consigo alguma experiência que os palestrantes estarão nos expondo do dia 15 ao dia 18 de setembro no Auditório Afonso Dresh, na Unoesc, campus de Joaçaba!"




Edição : Márcio Brunetto e Fabiano Fernandes

Comparados a cozinheiros e alfaiates

À partir da segunda metade do século XX, foram dados os primeiros passos para o aperfeiçoamento da comunicação no país. Primeiro, em 1947 a Fundação Cásper Líbero trouxe o primeiro curso de Jornalismo ao Brasil. Mais tarde, em 1969, a necessidade de ter formação superior para exercer a profissão teve reconhecimento jurídico. A exigência do diploma afastou a informalidade que era muito presente no mercado de trabalho, melhorando a qualidade da informação levantando os princípios da ética e da democracia inseridas no meio.
O tempo passou e o jornalismo esteve presente na história do Brasil. Desde o período colonial até hoje, a imprensa acompanhou às transformações da sociedade brasileira. Passou de veículo de expressão das classes dominantes para um meio acessível às classes trabalhadoras. O jornalista começou a ser visto como o inimigo ferrenho ou aliado indispensável dos políticos, dos esportistas e das celebridades sociais. Sofreu repressão do governo durante a ditadura, foi censurado e boicotado, mas sempre teve o importante papel de levar informação para o povo. Hoje ele enfrenta uma mudança de caráter trabalhista do meio.
Na quarta-feira, dia 17 de junho de 2009, a sessão que ocorreu no Supremo Tribunal Federal acabou por definir um novo rumo para a comunicação brasileira. Por 8 votos a 1, foi decidido por ministros e relatores que não é mais preciso ter diploma para exercer a profissão de jornalista. Perguntado sobre a razão da decisão, o relator Gilmar Mendes afirmou que o preparo técnico dos jornalistas deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária e moda ou costura. Isso mesmo.
Ainda teve aqueles que afirmam que a exigência do diploma bloqueia o acesso de todos ao meio de comunicação de massa e, assim, seria um ato inconstitucional. Parece que os nossos queridos ministros do STF em uma viagem do tempo desembarcaram no século passado, quando, apesar do progresso da comunicação, esta estava na mão daqueles que detinham o poder econômico e político. Hoje, qualquer cidadão que queira dividir sua opinião com a população pode criar um blog, como este aqui, ou mandar artigos para webjornais através da internet.
Mas não quero me aprofundar nisso, já que quero discutir sobre problemas trabalhistas. E questionar: quem vai lucrar com essa decisão? Os sindicatos afirmam que tudo não passa de uma conspiração corporativista, e que os empresários terão mais controle do que antes sobre os funcionários que serão menos remunerados. Os ministros dizem que a população avançará em prol da democracia da informação. Entre uma opinião e outra, certamente quem vai sair perdendo são os espectadores.
Por que? Qualidade de informação. Com a falta do diploma, uma maior massa de trabalhadores sem formação vai entrar no mercado. Esses trabalhadores têm experiência prática no trabalho, mas não tem a formação crítica, ética e teórica da vida acadêmica. Isso repercute em uma mensagem superficial que é lida pela massa diariamente.
Os operários da comunicação estão vendo sua obra se desmoronar. O que antes era sinal de orgulho e profissionalização, agora é só um detalhe: as nossas “técnicas trabalhistas” não são muito mais importantes do que as técnicas de cozinheiros ou alfaiates.
Publicado por Fabiano L. Fernandes, acadêmico de Jornalismo da Universidade do Oeste de Santa catarina

Jornalismo comparado com moda, costura e culinária...

Jornalismo comparado com moda , costura e culinária? Essa é a visão de alguns ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
No dia 17 ,do mês de junho de 2009, foi derrubada por 8 votos à 1, a exigência do diploma de Jornalismo para exercício da profissão. Segundo o relator do STF Gilmar Mendes, o Jornalismo deve seguir a mesma trajetória de cursos técnicos como : culinária ,moda e costura, quais não são obrigatoriamente exigidos formação superior em seu exercício por não causar danos à terceiros.
Talvez alguns acadêmicos de Jornalismo estejam se perguntando: ”O que estou fazendo em um curso superior onde o diploma não é obrigatoriamente exigido no mercado de trabalho?” Vamos fazer uma retro-avaliação: Nas eleições de 1989 após um deba-te em rede nacional entre os candidatos à presidência Luis Inácio Lula da Silva e Fernando Collor,a Rede Globo divulgou ironicamente no Jornal Nacional que o candidato do PRN Fernando Collor havia sobressaído-se qualitativamente ao candidato do PT Lula em seu discurso. Inevitavelmente a notícia repercutiu em todo país de tal forma que derrotou o candidato do PT, que até então havia liderado as pesquisas. Teria isso sido possível sem a influência de profissionais de jornalismo na edição dessa matéria? Será esse o medo dos ministros que votaram à favor de derrubar a exigência do diploma, deparar-se com algum profissional de jornalismo suficiente à altura de derrubálos da bancada?... Alertando aos que ainda estão em dúvidas quanto a seguir o curso de jornalismo: “ Um jornalista não só causa danos a terceiros como também pode mudar a história de um país”!
Que tal se todos os que votaram contra a exigência do diploma levassem todas as grávidas de suas famílias á parteiras na hora do parto? Se bem que muita gente que nasceu assim gozam de excelente saúde. É claro que alguns dos ótimos jornalistas e músicos não se formam nos bancos das universidades. Eu gostaria de ver um músico tocar esplendidamente um instrumento sem estudar música e um jornalista sem estudar como ser útil à sociedade. Esse é o nosso Brasil ao invés de apoiar os estudos de nossos jovens em prol da democracia, resolve não exigir diploma.
Me pergunto :"Será que para visões como a do ministro Carlos Ayres Britto, basta nascer com o dom, olhar o instrumento e sair tocando maravilhosamente? Afinal foi dessa forma que ele se referiu aos jornalistas, “ basta ter intimidade com as palavras ou olho clínico para ser um profissional em jornalismo.

Márcio Brunetto
Acadêmido de jornalismo

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Aspirando ideias, o novo blog acadêmico que traz conteúdo jovem e inteligente.

Política, economia, entretenimento, cultura e esporte: todos os acontecimentos e fatos através da opinião dos acadêmicos Fabiano Fernandes e Márcio Brunetto de uma maneira descontraída e atrativa.

Ideias diferentes, que aspiramos diariamente através dos acontecimentos causados pelo ser humano gerando indignação e perplexidade diante da realidade em que vivemos. Quando
o inusitado não é mais tão inusitado, nós botamos a cabeça para funcionar e assim levar uma mensagem interessante para o leitor.


Afinal, quando a realidade parece ficção, é hora de começar a escrever!

Espero que gostem!


Fabiano Fernandes e Márcio Brunetto são acadêmicos do curso de Comunicação Social Hab. em Jornalismo e estão na II fase.